Tecnologia em prol da medicina

    Médicos russos poderão agora estudar o cérebro humano com o recurso a campos eletromagnéticos. Esse método poderá ajudar a tratar doenças como a Epilepsia e a doença de Parkinson.

Foto reprodução google cérebro
     O laboratório único na Europa de Leste, é um espaço pequeno que tem no seu centro um sistema de aparelhos de diagnóstico com o nome de código "Capacete". A pessoa se senta numa cadeira, coloca o "Capacete" na cabeça e o operador "vê" literalmente no seu computador o que se passa na sua cabeça. Isso acontece no “O Centro de Estudos Neuro cognitivos da Universidade de Psicologia Pedagógica de Moscou”.

    Os médicos responsáveis pela pesquisa, procuram a localização de patologias que provocam diversas doenças psíquicas e neurológicas. O cérebro é estudado com a ajuda de um aparelho de eletroencefalograma especial, como explica a diretora do Centro de Estudos Neuro cognitivos da Universidade de Psicologia Pedagógica de Moscou Tatiana Stroganova:
 “O aparelho mede a atividade magnética das células do cérebro. Quanto às células estão a trabalhar, elas geram à sua volta um campo elétrico".

    O aparelho de encefalograma eletromagnético funciona por analogia com o aparelho de TAC (tomografia axial computadorizada), mas tem diferenças significativas.
  • O TAC submete o cérebro à ação de um campo magnético.
  • O aparelho de eletroencefalograma magnético registra as fracas perturbações do campo magnético, que ocorrem quando o cérebro está a funcionar.

    O aparelho de encefalograma eletromagnético é extremamente sensível e, para que a radiação natural da Terra não influencie o sistema, o aparelho foi colocado numa câmara blindada.

Foto reprodução google neuros
    O novo método de diagnóstico já foi testado em doentes com epilepsia que não reagiam positivamente à terapêutica com medicamentos.
Explica a investigadora do Centro de Estudos Neuro cognitivos da Universidade de Psicologia Pedagógica de Moscou, Alexandra Koptelova.
"Os médicos conseguiram ver que o foco da atividade epilética estava localizado em vários sítios. Se isso não tivesse sido detectado, era possível que depois da intervenção cirúrgica o paciente não se liberasse desses ataques".

    O método pode detectar a origem de outras doenças graves como a esquizofrenia, a doença de Alzheimer e o autismo.
    Os cientistas russos pensam que a nova aparelhagem poderá ajudar os neurofisiologistas, num futuro próximo, a começar a investigar o subconsciente.

Repórter Angélica Scloneski
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