Transporte alternativo |
Parece que a consciência anda tomando conta dos brasileiros
nos últimos anos. Segundo dados divulgados pelo Departamento Estadual de
Trânsito, DETRAN/SP, numa comparação entre 2014 e 2015 o número de jovens que
tiram a carteira de motorista caiu de 825 mil para 663 mil. A queda representa
20% na emissão da primeira habilitação em um ano apenas.
Especialistas creditam redução à crise econômica e à
tendência mundial de desinteresse pelo automóvel por parte dos jovens e adultos
de meia-idade. Especialistas ainda justificam a queda relacionando a crise econômica
do país, onde com menos dinheiro não se compra um carro, mas é possível comprar
uma bicicleta.
O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e
doutor em Economia Industrial pela Universidade Paris XIII, Adriano Pires,
enxerga causas semelhantes para a queda de emissão de CNHs.
“O jovem e o adulto de meia-idade estão abandonando o carro. Lá fora, ainda mais forte do que aqui, o carro, que já foi símbolo de status, tem sido atrelado à questão ambiental. Além disso, vivemos a era da economia compartilhada, com o sucesso mundial do Uber, por exemplo, que já superou os táxis amarelos em Nova Iorque”, explica Pires.
O meio de transporte alternativo é uma luta constante de
ambientalistas e pessoas ligadas ou que se importam com o meio ambiente. Com
uma bicicleta, por exemplo, se teria menos carros, ou seja, menos poluição,
entre outros benefícios como a própria saúde da pessoa.
A queda de 20% pode parecer um razoável, mas poderia ser
maior se cada cidade fizesse sua parte implantando ciclovias, incentivando o uso
do meio alternativo e, principalmente, educando seu cidadão com informações
relacionadas ao tema. As ciclovias já fazem parte de várias cidades, mas
nota-se que apenas foram implantadas, muitas sem se quer um estudo necessário,
e não é isso que realmente precisa ser feito para que este tipo de transporte
seja, de fato, “implantado”.
O Calibre não só apoia como incentiva qualquer transporte
alternativo.