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O Calibre já
explicou sobre esta Crise, mas para quem não leu vou resumir: A crise
institucional acontece quando não se sabe mais quem manda de verdade. No caso
do processo de impeachment, por exemplo, há um rito a seguir: relatório,
comissão especial, lideranças, votos, senado e STF. Por enquanto, a ordem das
coisas anda como deveria.
Mas, a
cartada final de Dilma pode colocar em choque essa ordem. É que sabendo que a
guerra está perdida, a presidente pode recorrer diretamente ao STF. Ou seja, ao
invés de esperar passar pela Câmara e depois pelo Senado, a presidente já
jogaria meio a força o STF na jogada.
Existem duas
possibilidades neste caso. A primeira possibilidade seria a mais radical, o STF
aceitar o pedido de Dilma e se meter em todo o processo. O que causaria um mal
estar pior do que já está no Congresso. Pois, afetaria a ordem institucional. E
a segunda possibilidade seria a pior para o governo. Que é o STF dizer: Calma
Dilma, deixa o trem chegar até nós. Se isso acontecer, ai já pode juntar as
trouxas e vazar pro Temer sentar na cadeira.
O presidente
da Câmara dos Deputados, o mais safado de todos, Eduardo Cunha do PMDB, está
piorando as coisas para o governo. O rito de 1992 direciona a votação por ordem
alfabética dos deputados. Agora, em 2016, Cunha pretende mudar o modo de
votação por Estados. E o pmdebista pretende começar pelo Sul, onde o governo
tem total desprezo dos eleitores.
O caso é que
esta possível ‘última cartada´ do governo é um tiro que: pode acertar a testa
da oposição como pode sair pela culatra. Será que Dilma teria atitude para
colocar o STF nesta saia justa e ao mesmo tempo correr o risco de atirar no
próprio pé?