Cunha: Golpe ou inteligência no jogo político?

Cunha durante a última sessão na Câmara dos Deputado
 Na última sessão na Câmara dos Deputados, no dia 27, o presidente da Casa, Eduardo Cunha, do PMDB, mostrou mais uma vez que manja do jogo político. Mais uma vez ele foi acusado de praticar “golpe” em mais uma votação em plenário.

Dessa vez, a votação envolvia a criação da Comissão da Defesa dos Direitos da Mulher e da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa. A polêmico girou em torno da criação da Comissão da Mulher. A maioria da Casa votou por adiar a votação, mas Cunha mostrou que sabe jogar. O pmdebista, safado (digo de passagem) logo que percebeu a derrota na votação, suspendeu a sessão e se reuniu com lideranças partidárias. Na reunião, Cunha fez a cabeça dos líderes para que mudassem de ideia e a Comissão fosse aprovado.

Segundo Cunha, se a Comissão da Mulher não fosse aprovada, muitos partidos iriam ficar sem cargos nesses espaços. A votação foi refeita e a manobra aprovada com 220 a favor e 167 deputados contra.

"Esse projeto fere de morte as conquistas até agora nas comissões. Esses assuntos já são tratados em outros espaços, como a Comissão de Seguridade Social e Família. Essa comissão é um faz-de-conta", declarou a líder do PCdoB, Jandira Feghalli (RJ).

O deputado João Campos (PSDB-GO) foi o relator do projeto. Ele é um dos coordenadores da bancada religiosa na Câmara. No seu parecer, ele incluiu a expressão "nascituro" (que envolve o aborto) entre os temas a serem debatidos na Comissão de Seguridade. 

"O que esse jabuti (inclusão de assunto que não tem relação com o tema num projeto), o nascituro, está fazendo nesse texto?! Nosso estado é laico. Não ajuda em nada assim. E gostaria de ver os que se dizem em defesa da vida em ir para a frente de um asilo e protestar contra as mortes de idosos por falta de água", afirmou Cristiane Brasil (PTB-RJ).


"As entidades religiosas são as que mais apoiam idosos, mulheres, aidéticos. A mulher de verdade, que estão lá fora, não querem empoderamento. Querem é ser amadas", disse Flavinho. Rebatendo as críticas, o deputado Flavinho (PSB-SP), da bancada católica
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