Cunha durante a última sessão na Câmara dos Deputado |
Dessa vez, a votação envolvia a criação da Comissão da
Defesa dos Direitos da Mulher e da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa. A
polêmico girou em torno da criação da Comissão da Mulher. A maioria da Casa
votou por adiar a votação, mas Cunha mostrou que sabe jogar. O pmdebista,
safado (digo de passagem) logo que percebeu a derrota na votação, suspendeu a
sessão e se reuniu com lideranças partidárias. Na reunião, Cunha fez a cabeça dos
líderes para que mudassem de ideia e a Comissão fosse aprovado.
Segundo Cunha, se a Comissão da Mulher não fosse aprovada, muitos
partidos iriam ficar sem cargos nesses espaços. A votação foi refeita e a
manobra aprovada com 220 a favor e 167 deputados contra.
"Esse projeto fere de morte as conquistas até agora nas
comissões. Esses assuntos já são tratados em outros espaços, como a Comissão de
Seguridade Social e Família. Essa comissão é um faz-de-conta", declarou a
líder do PCdoB, Jandira Feghalli (RJ).
O deputado João Campos (PSDB-GO) foi o relator do projeto.
Ele é um dos coordenadores da bancada religiosa na Câmara. No seu parecer, ele
incluiu a expressão "nascituro" (que envolve o aborto) entre os temas
a serem debatidos na Comissão de Seguridade.
"O que esse jabuti (inclusão
de assunto que não tem relação com o tema num projeto), o nascituro, está
fazendo nesse texto?! Nosso estado é laico. Não ajuda em nada assim. E gostaria
de ver os que se dizem em defesa da vida em ir para a frente de um asilo e
protestar contra as mortes de idosos por falta de água", afirmou Cristiane
Brasil (PTB-RJ).
"As entidades religiosas são as que mais apoiam idosos,
mulheres, aidéticos. A mulher de verdade, que estão lá fora, não querem
empoderamento. Querem é ser amadas", disse Flavinho. Rebatendo as críticas,
o deputado Flavinho (PSB-SP), da bancada católica