Conselho de Ética |
Foram 11 votos a favor e 9 contra a decisão que dá
continuidade ao processo de cassação do presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha do PMDB. Dessa vez, não teve jogava do pmdebista que fez adiar a
votação no Conselho de Ética da Casa.
Com a votação, o processo pode, sim, resultar na
aprovação da cassação do deputado, mas, por enquanto, apenas ficou decidido que
prosseguirá até 2016. Mesmo assim, o PSOL, REDE e o PT esperaram terminar a
votação e correram protocolar o pedido de afastamento de Cunha da presidência até
que o processo seja julgado.
Por outro lado, Cunha continua afirmando o que vem
dizendo desde o início do processo: “Não vou renunciar! ”
O deputado disse estranhar a maneira de como a ação
contra ele está tramitando, diferente da ação contra Dilma. Ele chegou a
afirmar que a decisão é um desafeto declarado do governo. Cunha chegou a dizer,
em coletiva de imprensa, que o Palácio do Planalto age agora com vingança pelo
processo de impeachment de Dilma.
“Me tornei mais desafeto ainda na medida em que dei curso ao processo de impeachment. Todos sabem disso. Nada mais natural que eles busquem o seu revanchismo”, protestou. Mesmo acuado, Cunha avisou que não renunciará ao cargo
O relator Marcos Rogério deixou a sessão defendendo a
celeridade do processo. Ele lembrou que dos 90 dias úteis de prazo regimental
previstos para o trâmite processual, pelo menos 30 dias já foram
utilizados.