Senado retoma os trabalhos no Ajuste Fiscal e Reforma Política

Senado votação
    Neste início do segundo semestre de 2015, o Senado retoma suas atividades se dedicando especialmente em temas que tornam a proposta do Ajuste Fiscal e da Reforma Política.

Ajuste fiscal

    O ajuste fiscal do governo federal foi tratado por meio de medidas provisórias e passou por extensas negociações, que envolveram encontros entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, além de lideranças partidárias. Muitas medidas provisórias que foram votadas modificaram textos originais.

    Já no primeiro encontro, os senadores devem analisar medidas provisórias importantes que podem mexer com o bolso do brasileiro. Medidas, por exemplo essa, que restringem o acesso a benefícios previdenciários, como a pensão por morte de cônjuge e trabalhistas, também o abono salarial e o seguro-desemprego.
Sua aprovação foi precedida de audiências públicas promovidas pelas comissões do Senado.

    Outra medida importante que será analisada pelo senado e que faz parte do Ajuste Fiscal, é o reajuste da tabela do imposto de renda. Essa tabela foi reformulada antes da apreciação e prevaleceu a fórmula elaborada a partir de acordo feito no próprio Senado. 
Veja a tabela como ficou:

Reforma política

    A reforma política foi um dos principais focos do trabalho do Plenário nas primeiras semanas do ano legislativo, mas o tema acabou ofuscado pela urgência das MPs do ajuste fiscal. No mês de julho, com a instalação da Comissão de Reforma Política, propostas sobre o assunto voltaram a se movimentar. Antes de entrar em férias, os senadores aprovação sete projetos.

Vou trazer algumas aprovações que devem ser ressaltadas como:

     Mudança de regras para a distribuição de vagas entre os partidos nas eleições proporcionais (PLS 430/2015) –
  • O projeto determina que a distribuição de vagas deve ser feita respeitando o quociente eleitoral na votação obtida pelo partido, mesmo quando há coligações. Assim, as legendas que não alcançarem o quociente não podem disputar as sobras de vagas. As novas normas visam eliminar a figura do “puxador de voto”, quando candidatos muito bem votados acabam elegendo colegas de outros partidos coligados com baixo desempenho nas urnas.

    Os novos critérios para acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda no rádio e na TV (PLS 441/2015)
  • Legislação prevê a distribuição igualitária de um terço do total de tempo disponível a todos os partidos que tenham candidato próprio a cargo eletivo. O restante é repartido de forma proporcional ao número de representantes na Câmara dos Deputados filiados ao partido. No caso de haver coligação, é considerado o resultado da soma do número de representantes de todas as legendas que a integram.

E as restrições para a contratação de pesquisas eleitorais (PLS 473/2015). 

     Todas essas propostas seguem agora para análise da Câmara dos Deputados.

Em março o Senado já havia aprovado o PLC 4/2015, que regulamenta a fusão de partidos políticos, e a PEC 40/2011, que restringe a formação de coligações entre partidos às eleições majoritárias. 

O primeiro projeto foi vetado parcialmente pela presidente Dilma Rousseff, e o veto ainda precisa ser analisado pelo Congresso. A PEC foi encaminhada à Câmara.
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