Pílula do dia seguinte - Seria essa a solução?

    Um assunto que é polêmico nos EUA. Seria viável a liberação da Pílula do dia seguinte sem nenhuma restrição de idade?

Foto reprodução google pílula dia seguinte

    O Presidente dos EUA vai cumprir a decisão judicial e desfazer restrições de idade para a venda de pílulas anticoncepcionais de emergência, o que torna a pílula do dia seguinte disponível para as mulheres e meninas sem receita médica.

    O Departamento de Justiça do EUA informou que vai cumprir a decisão de um tribunal e permitir a venda irrestrita da pílula. O parecer encerra uma batalha que durou mais de uma década, mas pode causar nova polêmica no país.

• Legalmente a pílula estava disponível sem receita médica apenas para as mulheres com mais de 17 anos de idade. Especialistas dizem que o acesso ilimitado poderia levar à promiscuidade - abuso sexual e menos consultas periódicas ao médico - caso a pílula esteja disponíveis para compra.

    Defensores dizem que ela pode ajudar a reduzir a gravidez indesejada e abortos, e que o acesso rápido para as mulheres de todas as idades é fundamental para a eficácia do medicamento. A pílula é mais eficaz quando tomada no prazo de 72 horas após a relação sexual.

    A decisão "vai fazer a contracepção de emergência disponível nas prateleiras das lojas, assim como os preservativos, e as mulheres de todas as idades poderão obtê-la rapidamente, a fim de evitar a gravidez indesejada", disse a presidente de uma organização nacional de planejamento familiar, Cecile Richards.

No Brasil

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    A pílula do dia seguinte, ao contrário do que muitos imaginam, não deve ser considerada um método contraceptivo. Isso porque se trata de um método que deve ser utilizado somente em situações emergenciais, como estupro ou quando o método habitual falhou e uma possível gravidez não seria bem-vinda.

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    Como possui alta dosagem hormonal, a pílula do dia seguinte tende a desregular o ciclo menstrual, sendo tal fato agravado quanto mais frequente for seu uso. Dessa forma, tanto a previsão da data da próxima menstruação quanto o cálculo do período fértil podem ser prejudicados, aumentando as chances de uma possível futura gravidez, caso não seja feito o uso de algum método contraceptivo confiável nas relações sexuais seguintes.

• Os efeitos colaterais são diversos, como enjoos, inchaços, cólicas, sangramentos irregulares e até mesmo vômitos (neste último caso, se ocorrer até duas horas após sua ingestão, ela deve ser ingerida novamente). Além disso, trombose, derrame, dentre outros problemas mais sérios, também podem se manifestar principalmente em casos em que a mulher utiliza por mais de três vezes, ao ano, tal método.

    Para finalizar, é necessário lembrar que a pílula não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

Da forma como as relações sexuais estão cada vez mais precoce, imaginem então a pílula vendida no balcão de farmácias como se vende um simples remédio para dores na cabeça.

Angélica Scloneski