O brasileiro fechou a mão e começou o ano de 2013
gastando menos do que no final de 2012. Um comportamento novo que como
consequência atingiu a economia local e, de maneira decisiva afetou o crescimento
do País. Período considerado como decepcionante por empresários, analistas
nacionais e internacionais.
Uma série de medidas foi anunciada recentemente para tentar aumentar os gastos
dos consumidores. Uma medida adotada
governo é a redução de impostos no setor elétrico o incentivo ao crédito dos
bancos públicos. Mas, até aqui, foi tudo em vão. Segundo especialistas de
Brasília, os investimentos impulsionados não fomentaram o setor produtivo e,
agora o brasileiro decidiu conter sua vontade pelas compras. Deu no que deu: o
consumo das famílias parou em 0,1% em comparação ao trimestre anterior – dados do
relatório do governo -.
Mas, porque o brasileiro gasta menos?
A resposta é simples e envolve a soma entre inflação alta e os bancos temerosos com o endividamento, o que diminui sensivelmente suas linhas de financiamento para o público - empresas e consumidores finais -.
A escalada da inflação é literalmente o que devora
uma parcela significativa da quantidade salarial do brasileiro em 2013. Não é
preciso estar atento aos valores para
perceber que, nos últimos meses, subiu o preço de praticamente tudo no país:
alimentos, roupas e produtos industrializados. Sem contar que recentemente o
dólar voltou a subir (na última quarta-feira, dia 29, fechou cotado em R$ 2,11,
o maior nível desde 4 de dezembro.
- Agregue a isso o nível do endividamento das famílias. Em maio, 64,3% das casas tinham algum tipo de dívida, entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNCC). Em abril, essa fatia de famílias endividadas era de 62,9%. Em maio de 2012, de 55,9% – quase 8 pontos percentuais abaixo da atual.
O percentual de quem está com contas em atraso
também cresceu (de 21,5% em abril, para 21,6% em maio), salto de 6,7% para 7,5%
o montante dos que assumem não terem condições de pagar seus débitos.
Como acontece no agitado mundo da economia, tudo isso pode mudar drasticamente.
Uma das soluções seria: se os bilhões de reais prometidos em investimentos e
infraestruturas, tão importantes para o país, começassem a correr com mais
eficácia até o seu destino. Ta aí, Uma forma positiva, lucrativa que
beneficiaria o governo, mercado e principalmente o povo brasileiro.
Entenda melhor o caso:
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou abaixo das projeções do governo (que esperava 1%), dos bancos e investidores, que giravam em torno de 0,9%, mas dentro das estimativas pessimistas dos economistas, que não apostavam em nada abaixo de 0,55% ou acima dos 1,20%.
- Como resultado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reagiu com conservadorismo. O órgão intensificou o ritmo de aumento da taxa básica de juros, a Selic, assim eleva em 0,5 pontos porcentual, o que leva o índice para 8% ao ano – notadamente, um dos mais altos do mundo -.
Foto reprodução google bcb |
Se continuar assim a projeção é de que o Brasil
cresça somente 2,4%. O resultado seria menos que o registrado em 2011, quando
tivemos um avanço de 2,7%. Certamente superiores ao que tivemos no ano passado
(2012), quando o país acumulou alta de módicos 0,9%. Desempenho que abalou a
confiança interna e externa na política econômica brasileira.
Angélica Scloneski