A Câmara Federal criou uma Comissão Especial para
analisar propostas com o objetivo de ampliar medicas socioeducativas para
adolescentes infratores. Ao todo, são 18 projetos que devem ser analisados pela
comissão especial.
Hoje, o Estatuto da Criança e do adolescente (ECA) determina a liberação compulsória aos 21 anos de idade, qualquer que seja o
crime efetuado pela menor.
Vamos apresentar algumas propostas notáveis
- A proposta da deputada Andreia Zito, que amplia a reclusão para o menor infrator que cometer crime hediondo – como homicídio qualificado e estupro -. Com este projeto, o menor poderá ficar internado até os 26 anos de idade.
- Já o projeto do deputado Eduardo da Fonte, define a pena entre 3 a 8 anos para o infrator de 14 a 16 anos. Também prevê de 8 a 14 anos para o adolescente entre 16 e 18 anos. Atualmente, a constituição estabelece a maioridade penal aos 18 anos. Neste caso, a internação dependerá de avaliação psicológica.
Os textos mantêm o período máximo de reclusão para
atos infracionais como furto ou roubo. Hoje, o ECA permite a liberação compulsória
aos 21 anos de idade, sem medir o crime cometido.
Mais uma proposta interessante é do deputado Hugo
Leal. Sua proposta considera as infrações praticadas – por adolescentes com 16
ou mais anos – como antecedente na hora da fixação da pena em eventuais crimes
cometidos após os 18 anos.
Nenhuma das propostas tem como objetivo mudar a
maioridade penal, que hoje é fixada em 18 anos.
A redução penal para 16 anos está em discussão,
ainda, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania pela Proposta de
Emenda à Constituição. Neste caso, são mais de 30 propostas a serem analisadas pela
comissão.