Calibre Social | Mudanças interiores

Não quero mais o cansaço dos argumentos

Por Adriana Cardoso

A cada dia que passa, aceito mais o fato de não pertencer a este lugar, compreendo o que já havia compreendido, que o meu tempo esta esgotando.
Recordo-me o texto de Rubem Alves
que já divide com você, onde ele fala: “já não tenho tempo para lidar com mediocridades, não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados, já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos”.
Sabe por quê? Porque isso não vai levar a nada e muito menos chegar a lugar nenhum. Aí você pode pensar, “nossa que derrotista quanto pessimismo!” Pode ser, posso mesmo não ter feito o que deveria, posso mesmo não ter lutado quanto poderia, mas deixo isso pra aqueles que precisam de medalhas pra sobreviver, ou de cargos para se inflarem cada vez mais.
Decididamente não preciso de troféus!  “As muitas andanças atrás da verdade do mundo me desgastaram. Não quero mais o cansaço dos argumentos. Estou farto das discussões especulativas, das mesas redondas em que as pessoas procuram prevalecer sobre as outras, todas elas vaidosas e ávidas por darem o lustre que o ego carece para não perder o prestígio, a ilusória sensação de que as questões humanas foram por elas finalmente decifradas e que podem ser armazenadas e discorridas num curto espaço de páginas. O vento da simplicidade finalmente soprou em mim. Pediu calma, serenidade e eu resolvi obedecer”.
Este trecho é do livro “Tempo de Esperas”,
presente do melhor presente que recebi na vida.
E é isso aí! O fato é que um dia a gente acorda e percebe que a roupa não nos serve mais. Algo está inadequado. Esta semana alguém me disse, “você não tem paciência mesmo”.
Assumo, aceito o fato, o defeito, seja lá o que for. Já tive “amigos” que me chamaram de revoltada (risos),J simplesmente por não concordar com alguns predicados como, suborno, depravação, devassidão, corrupção, deslealdade. L
Então já estou rotulada! Mas, não me importa, não sei e nem vou me equilibrar em cima do muro. Só estou obedecendo o meu coração. “Abrir mão da vida que já não nos pertence é um jeito sábio de perder pra ganhar”.

Paz e luz e até semana que vem!  
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