Delcidio |
Só para vocês entenderem:
Chegamos na fase mais sinistra de uma delação premiada com o senador Delcídio
Amaral. Preso no dia 25 de novembro de 2015, o senador já havia falado em “delação”,
mas não como agora – citando nomes e crimes -.
Ele citou vários nomes, entre
eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhou os bastidores da
compra da refinaria de Pasadena pela Petrobrás, entre outros assuntos. As primeiras
revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da
colaboração.
A revista IstoÉ divulgou há
pouco detalhes da delação de Delcídio que teria 400 páginas. O senador acusou a
presidente Dilma Rousseff de atuar três vezes para interferir na Operação Lava
Jato por meio do Judiciário. “É indiscutível e inegável a movimentação
sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e da própria presidente
Dilma Rousseff no sentido de promover a soltura de réus presos na operação”,
afirmou Delcídio na delação, segundo a revista. Cardozo deixou esta semana o
ministério alegando sofrer pressões do PT para interferir na Lava Jato. Ele foi
nomeado por Dilma para a Advocacia Geral da União (AGU).
Uma das investidas da
presidente Dilma passava pela nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o
Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Tal nomeação seria relevante para o
governo”, pois o nomeado cuidaria dos “habeas corpus e recursos da Lava Jato no
STJ”.
Delcídio contou aos
procuradores que a estratégia foi discutida com Dilma no Palácio da Alvorada e
que sua tarefa era conversar “com o desembargador Marcelo Navarro, a fim de que
ele confirmasse o compromisso de soltura de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques
de Azevedo”, da Andrade Gutierrez.
Com MSN