Triplex de Lula |
“Manobras financeiras e comerciais complexas envolvendo
a empreiteira OAS, a cooperativa Bancoop e pessoas vinculadas a esta última e
ao Partido dos Trabalhadores apontam que unidades do condomínio Solaris,
localizado na Avenida General Monteiro de Barros, 638, em Guarujá-SP, podem ter
sido repassadas a título de propina pela OAS em troca de benesses junto aos
contratos da Petrobrás”, informa a representação de prisões e de buscas e
apreensões da Triplo X assinada pela delegada Erika Mialik Marena, da equipe da
Lava Jato, em Curitiba.
“Além das inconsistências já detectadas quanto ao imóvel que pertencera a Marice Correa de Lima (cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto), igualmente chamaram a atenção outros imóveis do mesmo condomínio que indicaram alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade”, registra a PF.
O relatório da PF é ilustrado com um diagrama que inclui
oito tríplex do condomínio Solaris, quatro da Torre A e quatro da Torre B –
entre eles o 164 A. O diagrama montado pela PF indica que a OAS – empreiteira
acusada por cartel no esquema de propinas na Petrobrás – aparece como
proprietária do triplex 164 A.
O alvo central da Triplo X são imóveis da Bancoop,
adquiridos pela OAS, em nome da família de Vaccari e também o triplex 163-B, na
torre vizinha à que abriga o apartamento que seria de Lula. O imóvel está em
nome da offshore Murray Holdings LLC, registrada em Nevada (EUA).
Eliana e Nelci Warken seriam nomes ‘laranjas’ de um
proprietário que a força-tarefa da Lava Jato diz ainda não saber quem é.
“Os indícios demonstraram o claro vínculo entre Eliana Pinheiro de Freitas e Nelci Warken, ambas com alguma atuação passada junto à Bancoop, provável local de sua aproximação, restando clara a condição de ‘laranja’ de Nelci que Eliana veio a ocupar. ”