Temer e Dilma |
O vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, decidirá nesta segunda-feira, 24, se vai ou não deixar a coordenação política do governo. Com a notícia, Temer vem sendo bajulado pela base petista para que desista da ideia. O pmdebista se reunirá nesta tarde com Dilma para decidir sua posição.
O ministro da Secretaria de Comunicação de Governo, Edinho
Silva, fez elogios ao vice-presidente durante reunião na noite de domingo, 23,
no palácio da alvorada. Segundo o ministro:
“Temer tem cumprido um papel fundamental na articulação política. Tem rara habilidade na construção de posições majoritárias. E o ministro Padilha também. A presidente Dilma tem muito reconhecimento e gratidão ao trabalho de Temer na articulação”.
Temer defende sua posição dizendo que Dilma, mais uma vez,
convocou e acreditou no ex-presidente Lula para articulação política em momento
de crise e não nele que é vice-presidente da república.
Na última semana, Temer avisou que não quer ser mais
responsável pela chamada negociação miúda de cargos e liberação de emendas
parlamentares.
Aliados de Temer dizem que ele está decidido. Mas admitem que
falta uma conversa com Dilma.
Aliados têm certeza da saída de Temer. Parlamentares do PMDB
dizem que seria “uma desmoralização” ele mudar de ideia. O problema é que a
negociação ficaria nas mãos do PT, principalmente do ministro Aloisio
Mercadante (Casa Civil), cujo comportamento é muito criticado no Congresso. Mas
os mesmos peemedebistas afirmam que isso não significa um desembarque do PMDB
do governo.
- Quero ver como os gênios do PT vão se virar sem o PMDB na negociação política — resumiu um aliado de Temer.
Já no Senado
O PMDB do Senado não acredita num rompimento com a saída de
Temer da linha de frente da coordenação, até porque isso seria interpretado
como apoio ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O PMDB do Senado está mais
próximo do Planalto, na figura do presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL).
O partido também espera uma posição de Temer para saber se
deixará o governo Dilma. O encontro nacional do partido foi adiado para
novembro.
- Do jeito que as coisas estão, é muito complicado prever. E não podemos fazer um encontro do PMDB sem um caminho definido — disse um integrante da cúpula da legenda.
Com msn