Senador Collor |
No documento, o procurador-geral narra que os veículos são
possivelmente produto de crime e que as investigações apontam que Collor
recebeu R$ 26 milhões em propina, entre os anos de 2010 e 2014, através de um
“sofisticado esquema de lavagem de dinheiro”.
Entre 2011 e 2013, o senador teria recebido cerca de R$ 800
mil em depósitos “fracionados”, o que levantou suspeita do Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (Coaf). O relatório das investigações enviado ao STF
menciona ainda pagamentos de altos valores em dinheiro vivo feitos ao
parlamentar, como depósito de R$ 249 mil feito pela TV Gazeta da Alagoas, da
qual o senador é sócio.
Os investigadores relatam transferências para pagamento de
um dos veículos feitas por empresa que já recebeu mais de R$ 900 mil, no mesmo
ano da aquisição do carro, de negócios vinculados ao doleiro Alberto Youssef,
delator da Lava Jato.
O procurador sustenta, ainda, que a maior parte dos veículos – Lamborghini,
Ferrari, Bentley e Land Rover – estão registrados em nome da empresa Água
Branca Participações. Já o Porsche está em nome da GM Comércio de Combustíveis.
Para o procurador-geral, as empresas que deveriam solicitar a devolução e não
Collor, a menos que fosse apresentada uma justificativa que apontasse o motivo
de o senador se considerar proprietário dos automóveis.
Em todo o documento, o procurador-geral aponta indícios de
que os veículos foram usados para lavagem de dinheiro.
Com msn