Foto de cicerocattani (google) Fernando Francischini SD |
Após o
anuncio da possível saída de Fernando Francischini (SD), da secretaria de
segurança Pública do Paraná, o governador Beto Richa confirmou que ele
permanecerá no cargo.
- Segundo informações, Francischini teria implorado ao governador para que ficasse no cargo durante uma reunião nesta quarta-feira, 06. E Richa cedeu ao pedido. O motivo da saída seria também a greve dos professores no Paraná e aquele confronto que deixou mais de 200 feridos entre professores e policiais.
O caso é
que Francischini tem outro confronto para resolver.
Foto da Carta / fonte Gazeta do Povo |
Dezesseis dos 19 coronéis
da PM assinaram uma carta de repúdio em relação às ultimas declarações do
secretário de segurança.
Em sua última entrevista, o secretário teria jogado
toda a culpa do confronto, entre educadores e policiais, aos comandos da polícia
militar.
Segundo
publicado na carta, os coronéis afirmam que Francischini participou do
planejamento policial e foi informado da possibilidade de haver feridos e
aprovou o plano de contenção.
A CARTA
CARTA AO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ
O Comando
da Polícia Militar do Paraná, instituição sesquicentenária que labuta
diariamente em prol da segurança pública do Estado do Paraná, cumprindo
incansavelmente a sua missão constitucional, vem perante Vossa Excelência
manifestar o seu repúdio às declarações atribuídas pela Imprensa ao Secretário
de Estado da Segurança Pública, em data de 04 de maio de 2015 – e até agora não
desmentidas – as quais atribuem única e tão somente à PMPR a responsabilidade
pelos fatos ocorrido em 29 de abril de 2015, quando da manifestação dos
professores, pelos fundamento abaixo delineados.
a) A
Polícia Militar do Paraná esteve presente no dia 29 de Abril de 2015, cumprindo
o seu papel constitucional de preservação da ordem pública, no intuito de
garantir a ordem pública e impedir uma possível invasão à Assembleia
Legislativa do Estado do Paraná, em atendimento ao interdito proibitório
expedido pela Justiça paranaense, devidamente comandada, com planejamento
prévio e ciente dos desdobramentos que poderia advir.
b) Que o
Senhor Secretário de Segurança Pública foi alertado inúmeras vezes pelo comando
da Tropa empregada e pelo Comandante-Geral sobre os possíveis desdobramentos
durante a ação e que mesmo sendo utilizadas as técnicas internacionalmente
reconhecidas como as indicadas para a situação, pessoas poderiam sofrer
ferimentos, como realmente ocorreu, tendo sido vítimas manifestantes e
policiais militares empregados na operação.
c) Que
imediatamente após os fatos foi determinada a abertura de Inquérito Policial
Militar para a apuração dos possíveis excessos, no sentido de serem
responsabilizados todos os que tenham dado causa aos mesmos.
d O que
não se pode admitir em respeito à tradição da Polícia Militar do Paraná, seus
Oficiais e Praças, que seja atribuída a tão nobre corporação a pecha de
irresponsável ou leviana, por não ter sido realizado um planejamento, ou mesmo
que tenha sido negligente durante a operação, pois todas as ações foram tomadas
seguindo o Plano de Operações elaborado, o qual foi aprovado pelo escalão superior
da SESP, tendo inclusive o Senhor Secretário participado de diversas fases do
planejamento, bem como é importante ressaltar que no desenrolar dos fatos o
Senhor Secretário de Segurança Pública era informado dos desdobramentos.
e) O
Comando e os demais integrantes da Corporação deixam claro a Vossa Excelência
que nunca deixarão de cumprir o seu juramento desempenhar com honra, lealdade e
sacrifício de sua própria vida, as suas obrigações, na defesa da Pátria, do
Estado, da Constituição e das Leis.
Curitiba,
R, 5 de Maio de 2015.
Cel. QOPM
Cesar Vinícius Kogut,
Comandante-Geral
da PMPR