Foto reprodução Fundação Casa/SP |
Em uma
escola particular na grande São Paulo: Três adolescentes renderam uma aluna de
12 anos de idade. No banheiro, enquanto um segurava a porta, os outros dois abusavam
sexualmente da menina. Eles se revezaram para fazer o ato. Por fim, a criança
foi encaminhada ao hospital e muito machucada. Os três "menores"
fugiram, mas ela reconheceu os três através de um álbum de fotografia da
escola. E agora? Então...
...os
pais foram chamados e os três menores transferidos de escola. Acreditem... até
agora essa foi a única punição para os estupradores. Nem para a Fundação - que
é tudo, menos Casa - esses criminosos foram encaminhados. Agora, se veja como
pai ou mãe desta menina!!
E ainda estamos discutindo a maioridade penal?
- Primeiro: temos que discutir a situação de nossas penitenciárias - que hoje é uma faculdade do crime –
- Segundo: Analisar as nossas leis - que são totalmente falhas, abertas para todo tipo de argumento -. Atualmente, matar e depois dizer que é louco, lhe rende a liberdade.
O
problema está no foco em que debatendo o descaso da segurança pública. Será
mesmo que o problema está no menor com um rifle na mão, ou no empresário ou
político que ostenta sua Mercedes pelas favelas do Rio de Janeiro! Será que
apenas excluindo um criminoso da sociedade resolve todo o problema? Eu vejo que
não.
Foto reprodução Fundação Casa/SP |
O foco
deve estar nas nossas penitenciárias primeiramente. Este sim é o local onde o
quadro: - educação, a saúde, o esporte, e outras atividades -, deveria ser
exemplar. Caso contrário, pensar numa ressocialização, no geral, é quase que
uma utopia, ou melhor, é uma utopia.
Veja bem
a troca de valores, o ponto em que chegamos de nem pensar numa solução
concreta, apenas: “Jogue ele na cadeia que está ótimo”. Duzentos mil “likes”
para o vídeo em que os policiais fazem com que os menores que cometeram um
crime se beijam. Mais “likes” ainda para o criminoso amarrado no poste de
energia morrendo de tanto apanhar. E a culpa é da sociedade? Que comete outro
crime para cobrar de um criminoso. A culpa é do sistema, de como ele reflete na
sociedade.
- Entendo a dificuldade de se pensar e debater tudo isso. Estamos ocupados demais tentando fazer o trabalho que o sistema deveria, julgando e condenando da maneira de como achamos melhor. E é sério, entendo tudo isso, por que de uma maneira ou de outra, esse julgamento e essa condenação pública vem de uma sociedade cansada de tanta impunidade.
Esses
menores que estupraram a menina, sem qualquer arrependimento, podem até ser
tirados de circulação, apanhar dos pais. Mas, a Lei é clara, e logo estarão nas
ruas e a única diferença é que muita coisa que eles não sabiam de errado na
rua, eles apreenderiam na Fundação Casa.
Eaí! Como
pai ou mãe dessa criança.. não vale a pena repensar os argumentos e lutar, além
pela redução da maioridade penal, mas também por uma valorização e
investimentos nas nossas penitenciárias? É a maneira mais difícil, mexe com o
cofre público, é um debate cansativo, mas talvez resolvesse todo o problema, e
não parte dele por tempo determinado.
Foto- charge maioridade penal |