Ocupação na reitoria da Universidade de São Paulo (USP) tem
como objetivo instituir eleições diretas na votação para reitor. Um grupo de
aluno ocupou a reitoria na tarde de terça-feira (01), e com bandeiras e
acampamento montado pretendem continuar.
Foto reprodução Agencia Brasil |
Segundo o diretor do Diretório Central
dos Estudantes (DCE), Gustavo Rego, a reivindicação para eleições diretas é uma
queixa antiga do movimento estudantil.
“A USP é uma das únicas universidades do país que não têm mecanismo de consulta direta à comunidade para definir o reitor”, criticou.
- O Grupo reivindica, ainda, o fim da votação paritária entre as três categorias (alunos, funcionários e professores) e fim da lista tríplice, que confere ao governador a escolha do reitor entre os três mais votados.
Os estudantes reclamam que, pelo atual modelo de eleições,
menos de 1% da comunidade universitária participa da escolha para reitor. “Nós
queremos que a universidade tenha total autonomia para que não aconteça como
ocorreu nesta atual gestão, na qual o segundo colocado foi nomeado
reitor”, disse ele.
“Esse é um modelo de eleição para reitor que não leva em conta nenhum princípio democrático, a única coisa que se leva em conta são os acertos políticos dentro da elite política universitária”, acrescentou.
Por meio de nota, a universidade informou que o Conselho
Universitário definiu ontem (1º) que o sistema de escolha para reitor deixa de
ser feito em dois turnos, e passa a ter somente um turno. Os candidatos a
reitor e a vice-reitor também precisarão fazer uma inscrição prévia de suas
candidaturas, além de uma consulta à comunidade universitária.