No clima dessa mudança nas cédulas de
R$2 e R$5 reais, o calibre foi descobrir quais cédulas podem ser valiosas
Algumas notas valem até 400 vezes mais. Para os colecionadores de moedas, ou numismáticos, quanto mais escassa é a cédula, ou seja, quanto menos exemplares com as mesmas características estão em circulação, mais ela ganha valor.
Algumas notas valem até 400 vezes mais. Para os colecionadores de moedas, ou numismáticos, quanto mais escassa é a cédula, ou seja, quanto menos exemplares com as mesmas características estão em circulação, mais ela ganha valor.
É o caso de lotes em que foram impressas poucas notas, que estampam a assinatura de um ministro da
fazenda que ficou pouco tempo no cargo, ou, um número de série errado, entre
outras bizarrices.
- Outro fator que influencia a cotação é a conservação da cédula: no estado de “flor de estampa” (novinha em folha, sem dobras e com alto relevo preservado), ela vale mais do que uma nota que já passou por várias mãos. Para a infelicidade dos numismáticos, a vida média de uma nota é curta: uma cédula de R$ 2 dura 11 meses até ser recolhida pelos bancos.
A tão famosa nota de R$1 que você guarda na carteira
provavelmente só têm valor sentimental. A mais rara desse valor é avaliada por
“apenas” R$ 160.
Remexendo a carteira
Entenda por que algumas notas se valorizaram tanto em 18 anos
Deus seja louvado
Valor: R$ 4 mil
Essa
frase, usada no dinheiro brasileiro desde 1986, foi esquecida nos primeiros
lotes de real, em 1994, mas o ministro da fazenda Rubens Ricupero logo resgatou
os dizeres. Como Ricupero durou apenas cinco meses no cargo, a nota de R$ 50
com assinatura dele e com “Deus seja louvado” é raríssima.
Firma reconhecida
Valor:
R$ 3 mil
Além
da assinatura do ministro da fazenda, toda cédula vem com a marca do presidente
do Banco Central. Quando algum deles fica pouco tempo no cargo, caso de Pérsio
Arida, que presidiu o BC entre janeiro e junho de 1995, a nota se valoriza. A
de R$ 50 assinada por ele, que teve apenas 400 mil impressões, vale muito
Fora de série
Valor: R$ 2 mil
Até
meados dos anos 90, as notas que saíam com defeito na Casa da Moeda eram descartadas
e, no seu lugar, eram impressas notas de reposição com um asterisco no número
de série. Em 1994, foram impressas cerca de 400 mil notas de R$ 5 e R$ 10 com o
pequeno – e precioso – detalhe
Made in France
Valor: R$ 1,5 mil
Para
lançar o real em julho de 1994, a Casa da Moeda precisou encomendar impressões
no exterior: 4 milhões de cada valor em um país. As de R$ 5 vieram da Alemanha,
as de R$ 10 da Inglaterra easdeR$50da França. Elastêmaletra “B” nofinaldo
número de série e uma discreta identificação do fabricante no verso
Defeito contrário
Valor: R$ 500
Em
2003, o controle de qualidade da Casa da Moeda deixou passar notas de R$ 50 com
o número de série censurado,. o que multiplica seu valor para coleção. Já a
antiga nota deR$ 10, feita de plástico, tem peças com letras trocadas no fim do
número de série. Essas são tão raras que nem têm avaliação
DUPLA FACE
Ao
girar uma moeda no eixo horizontal, o lado contrário fica de cabeça para baixo.
Se estiverem no mesmo nível, trata-se de uma raríssima e valorizada moeda com
“reverso invertido”
R$ 1 (1998)
Valor:
R$ 40
Foram
cunhadas apenas 600 mil unidades desta moeda comemorativa dos 50 anos da
Declaração Universal dos Direitos Humanos
R$ 0,25 (1995)
Valor:
R$ 25
A
gravação em homenagem à FAO, órgão de combate à fome da ONU, estampou 1 milhão
dentre 140 milhões de moedas de R$ 0,25 cunhadas no ano
R$ 0,10 (1995)
Valor:
R$ 25
Também
homenageando a FAO, foram cunhadas 1 milhão de moedas com o desenho, contra 239
milhões de moedas normais emitidas naquele ano
- Esta matéria segue as cotações publicadas no Catálogo de Cédulas do Brasil (2011).
Angélica Scloneski